Não tenho sobrevivido graças a um rostinho bonito, não foi este coração quem me manteve firme e forte para seguir adiante.
Sinto que se dependesse dele terminaria meus dias sobre uma ponte qualquer com um cachimbo de crack ou uma garrafa de pinga barata sobre o braço.
quem muito apanha além de não esquecer aprende, e aprende acima de tudo a desconfiar de sorrisos e frases feitas tiradas de uma rede social ou de um livro de auto-ajuda.
por mais que tente mudar o sentido de tudo isso, as cicatrizes nao permitem! elas queimam, incomodam e se fazem lembrar.
doeu, marcou e eu aprendi. e como aprender dói!
onde esta o meu erro? onde esta o carrasco para me executar? pois eh, ele não se encontra, pois não houve julgamentos! não houve pecado, não houve atentado a um nao-tao-proximo.
acredito nas coisas q me moldaram, acredito nas minhas verdades!
nunca fui muito chegado a contos de fada, nunca acreditei em 'finais felizes'.
prefiro as historias contadas em uma mesa de bar, prefiro as lamentações de um coração partido, que sangra e se lamenta no meio fio de uma rua movimentada.
prefiro minha realidade a sua verdade inventada! prefiro a minha consciência ao seu julgamento preconceituoso e carregado de ódio!
a poetiza disse q tenho direito ao grito, então eu grito! PORRA, EU GRITO! grito, me deixo enlouquecer, me deixo morrer! abdico a essa falsa dadiva q eh a vida. o que ah de bom em padecer durante anos em um mundo repleto de babacas caretas q aos poucos vão me sugando e tirando aquilo q havia de melhor em mim por acharem q isto não condiz com o seu ideal de existência perfeito?
prefiro o meu vazio, as minhas frustrações, os buracos na alma q tanto prezo! prefiro a linguá de um cão lambendo meus lábios as palavras ditas por homens e mulheres gordos e acomodados com suas vidas mediócres.
por favor, me permitam ENLOUQUECER!!
Do meu eterno viado de estimação: Jonas Henrique