sábado, 9 de janeiro de 2021

Não agora


Sou bagunceira, me falta calcinhas porque procrastino a lavar.

Minha pia nem sempre está vazia. Na realidade são raras as vezes que está.

Gosto muito de drogas, e sinceramente não vejo problema nisso. Na verdade tenho medo da morte, mas também sou inconsequente.

Sou insegura pra caralhooooo, e é difícil não me colocar em várias situações como menos.

Falo sozinha o tempo inteiro, se não em voz alta, mas dentro da minha cabeça, e tenho tido pavor de que alguém roube essa liberdade.

Não faço a menor ideia do que vou fazer da minha vida, não sei se faço faculdade, invisto na bolsa, viro prostituta, ou vou pra praia vender minha arte.

Tenho pavor de ter a obrigação de ver uma pessoa (qualquer uma) no final de semana.

Tenho várias personalidades e elas nem sempre estão de bom humor. Posso ser várias em um único dia.

Gosto de andar como uma moradora de rua dentro de casa. Não sou sexy, mas bem estabanada.

Sou um monte de defeitos com ansiedade, surtadando, e com preguiça de tudo.

Sou também amor, sou cuidado, sou amiga, e sei muito bem, modéstia a parte, ser uma ótima companheira.

E podemos dizer que quem deitou em meu colchão quis deitar novamente.

Mas quando a vida real nos toca, quando descobrimos quem realmente somos e como agimos, e entramos em um processo de evolução, aprendemos que precisamos ser responsáveis com nós mesmos, para sermos responsáveis aos outros.

Existe muito amor aqui dentro, mas existe também muita dor, e não quero que ninguém leve esse combo. 

 Não hoje, não agora. Não porque não quero, simplesmente porquê não posso.

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